segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

TORMENTO NÃO TEM IDADE

                        TORMENTO NÃO TEM IDADE                                                                                                                                               
        -  Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.
        - O que é que ele queria?
        - Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.
        - E o que é que  você disse?
        - Disse que não sabia, mas que achava que você iria aceitar o convite.
       - Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio dormir fora de casa.
       - Mas meu filho, o Jorge gosta tanto de você...
       - Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?
       - Claro que não. Mas...
       - Mas o que, mamãe?
      - Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você dormir lá, seria.
      - Ah, é? E por quê?
      - Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de  hóspedes  e  queria estrear com você. Ele disse que é uma quarto muito lindo. Tem até tevê a cabo.
      - Eu não gosto de tevê.
      - O Jorge também disse que queria lhe mostrar uns desenhos que ele fez...
      - Não estou interessado nos desenhos do Jorge.
      - Bom. Mas tem mais uma coisa...
      - O que é, mamãe?
     - O Jorge tem uma irmã, você sabe. E a irmã do Jorge gosta muito de você. Ela mandou dizer que espera você lá.
     - Não quero nada com a irmã do Jorge. É uma chata.
     - Você vai fazer uma desfeita para a coitada...
     - Não me importa. Assim ela aprende a não ser metida. De mais a mais você sabe que eu gosto da minha cama, do meu quarto. E, depois, teria de fazer uma maleta com pijama, essas coisas...
     - Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu arrumo suas coisas direitinho, você vai ver.
    - Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está me atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe? Amanhã é meu aniversário. Você esqueceu?
    - Esqueci mesmo. Desculpe filho.
    - Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem direito de passar a noite em casa com sua mãe, não é verdade?
                               (SCLIAR, Moacyr. Folha de S.Paulo,3 set.2001, p.C2)
EXPRESSÃO ESCRITA
     
1.No texto, temos a presença de dois personagens. Quem são eles?
A mãe e o filho.
         
2. A mãe usa vários argumentos para tentar convencer o filho a dormir na casa do Jorge. Cite três.
o Jorge tem um quarto novo de  hóspedes , tem até tevê a cabo, a irmã do Jorge gosta muito de você

3. Quais justificativas o filho deu para não dormir na casa do amigo?
"Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite em casa com sua mãe, não é verdade?
   
4.Na  frase: “O Jorge também disse que queria lhe mostrar uns desenhos que ele fez...”, a mãe com suas próprias palavras, conta ao filho algo que foi dito pelo Jorge.
Que tipo de discurso é este: DIRETO OU INDIRETO?
Indireto
5. Porque a descoberta da idade do filho surpreende o leitor?
Porque o leitor pensa que é uma crianca e na verdade é um homem maduro.

6. O diálogo entre a mãe e o filho reproduz uma situação comum ou incomum?
Justifique sua resposta.
   
 Incomum. É difícil um homem de 50 anos dormir na casa de amigos.

UM MUNDO AFOGADO EM PAPEL

UM MUNDO AFOGADO EM PAPEL
   Na sociedade digital, o homem gasta muito mais folhas do que antes dos computadores.
Sobre a mesa do jovem executivo, um moderno computador, com processador mais que veloz de 1,1 megahertz e memória de 60 gigabites, capaz de armazenar todos os documentos que escreve e os dados que precisa consultar, enviar com presteza toda sua correspondência e ainda guardar as fotos das últimas férias. Pode-se supor que, com computador, internet, intranet, câmera digital e scanner a seu dispor, esse executivo não precise mais de armários de arquivo ou de gavetas. Mas pilhas de papel, livros e cartões sobre a mesa provam uma enorme contradição: o mundo digitalizado está se afogando em papel.
          Quando os primeiros PCs começaram a ser comercializados, em 1980, o consumo mundial de papel registrado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) era de 190 milhões de toneladas. Em 1990, já era de 240 milhões e, hoje, chega perto de 300 milhões de toneladas. Essa diferença pesa não só nos sacos de lixo, mas também ameaça áreas florestais, rios, solo e ar.
          [...] Segundo relatório de uma das maiores empresas de consultoria em papel e impressão da Europa, a Pira Internacional, a demanda por alguns tipos de papel pode aumentar em até 70% nos próximos oito anos. Entre os mais cotados para estrelas do consumo estão o papel escritório (aquele usado em impressoras comuns, em casa ou no trabalho) e os que servem para embalagens.
          Só há queda de demanda para o papel-jornal. As razões para essas previsões estão, não por coincidência, ligadas diretamente ao desenvolvimento das tecnologias digitais. “Se uma pessoa lia um jornal há cinco anos, hoje pode ler dez na internet e, certamente, vai imprimir páginas desses dez jornais”, comenta Luís Fernando Tedesco, gerente de marketing de suprimentos da Hewlett-Packard do Brasil.
          [...] Até hoje ninguém conseguiu criar um substituto tão prático quanto as fibras de papel de celulose diluídas em água e prensadas, receita criada pelo oficial da corte chinesa T’sai Lun, no ano 105 d.C. Os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, tentam há anos finalizar o projeto do e-paper. A ideia é criar um material semelhante à tela de cristal líquido, fino e flexível, que possa exibir imagens e textos gerados por um chip que receberia as informações e as “imprimiria”. Essas “folhas” poderiam ter seu conteúdo apagado e reescrito a qualquer hora. Mas isso ainda é ficção.
            Para os representantes da indústria de celulose e papel, o impacto do aumento de consumo previsto é contornável. “Hoje se busca a produtividade de florestas, a redução de perdas com o fechamento do ciclo da água e a diminuição de gastos com energia usando resíduos de madeira como combustível”, diz   Marcos  Vettorato, diretor industrial da Companhia Suzano de Papel e Celulose. Esses cuidados diminuem o impacto ambiental, salvaguardam o estoque de matérias-primas e reduzem custos. [...]
Dois lados da folha
          Diminuir custos pelo modo mais fácil também põe em risco as florestas. Com o crescimento da demanda, a pressão sobre florestas nativas aumenta, principalmente no Sudeste Asiático. É mais barato derrubar uma árvore de 100 anos de idade do que cultivar eucalipto ou pínus por 10 ou 15 anos. Mas no Brasil a adaptação do eucalipto ao clima e ao solo [...] faz do cultivo uma alternativa vantajosa.
        Se o e-paper ainda é uma promessa e o escritório sem papel, uma ficção, a saída para evitar problemas futuros é reduzir o consumo. Parece simplório lembrar que uma folha tem dois lados, mas se todos os 115 bilhões de folhas gastas anualmente em impressões caseiras (cerca de 199 milhões  de quilos de papel)fossem usadas e reusadas, 1,3 milhão de árvores não precisariam ser cortadas. São números para se pensar.

Cristina Charão. Galileu, São Paulo, n.130,maio 2002, p.48-50.

ESTUDO DO TEXTO
1) Que contradição parece existir na frase ”o mundo digitalizado está se afogando em papel”?
Na sociedade digital, o homem gasta muito mais folhas do que antes dos computadores.
2) Qual o problema que o texto apresenta?
O aumento excessivo de papéis ameaçando áreas florestais, rios, solo e ar.
 3) Que  exemplo   usado no texto para mostrar que os avanços tecnológicos não impediram o aumento do consumo de papel?
Que em 1990, já era de 240 milhões de toneladas de papéis, e hoje chega a ser até 300 milhões.
4) Escreva uma das causas responsáveis pelo aumento de consumo de alguns tipos de papéis?
Entre os mais cotados estão o papel escritório e os que servem para embalagens.
5) O que é o projeto e-paper?
É um projeto que querem desenvolver no futuro da humanidade.

6) Qual a principal vantagem desse projeto?
O projeto e-paper é um papel que ele dá para imprimir as coisas que ele quer usar e depois poderá apagar e continuar usando ele novamente.
7) Onde ele está sendo desenvolvido?
Os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, tentam há anos finalizar o projeto do e-paper.
8) Por que a segunda parte do texto recebeu o subtítulo Dois lados da folha?
Porque se todos os 115 bilhões de folhas gastas anualmente em impressões caseiras, fossem usadas e reusadas, 1,3 milhão de árvores não precisariam ser cortadas.

9) Afinal, porque é necessário reduzir o consumo de papel? Se isso não acontecer, quais as consequências futuras?
Para evitar  o uso excessivo,  é preciso vencer a desconfiança sobre o arquivamento digital. Sistemas de senhas de diferentes níveis de acesso e espelhamentos (backups) são estratégias para garantir que os documentos das empresas estão seguros, uma vez que os papéis do escritório são os mais usados. As consequências são a degradação do meio ambiente.

A MISÉRIA É DE TODOS NÓS

A MISÉRIA É DE TODOS NÓS

     Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos com o mesmo tamanho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram.
     Há mais crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando uma incontestável liderança política regional na América Latina, ao mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
Embora em algumas de suas ocorrências ,especialmente na zona rural, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada simples.
Veja, ed. 1735


          1. O título dado ao texto se justifica por que:
a)a miséria abrange grande parte de nossa população;
b)a miséria é culpa da classe dominante;
c)todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
d)a miséria deveria ser preocupação de todos nós;
e)um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.

2. A primeira pergunta - "Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização?":
a)tem sua resposta dada no último parágrafo;
b)representa o tema central de todo o texto;
c)é só uma motivação para a leitura do texto;
d)é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
e)é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.

3. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil que ela:
a)é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em outras áreas;
 b)tem manifestações  violentas, como a criminalidade nas grandes cidades;
c)atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam para a classe dominante;
d)é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a de outros indicadores sociais;
e)tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas décadas.

4. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:
a)Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros indicadores sociais melhoraram;
b) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se mantém onipresente;
c) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos incompetentes;
d)Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas, a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo;
e)Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da miséria que leva à criminalidade.

5. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na quantidade, exceto:
a)frequência escolar;                                    b)liderança diplomática;
c)mortalidade infantil;                                 d)analfabetismo;
e)desempenho econômico.

6. "No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos"; com essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
a)já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança na América Latina;
b)já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;
c)está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no cenário exterior;
d)pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficientemente forte para tornar-se líder;
e)ainda é inexperiente no trato com a política exterior.

7. Segundo o texto, "A miséria é onipresente" embora:
a)apareça algumas vezes nas grandes cidades;
b)se manifeste de formas distintas;
c)esteja escondida dos olhos de alguns;
d)seja combatida pelas autoridades;
e)se torne mais disseminada e cruel.

TEXTO: ANTES QUE ELAS CRESÇAM

TEXTO: ANTES QUE ELAS CRESÇAM


         Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. [...] crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.

  Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente. Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade, que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
        Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você não percebia? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal ou escola experimental?
        Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.  E você agora está ali na porta da discoteca esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins[...].
        Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então, com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração. [...]
        Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.
        Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas. Só nos resta dizer “bonne route< bonne route” como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha lhe oferece o primeiro jantar no apartamento dela.
         Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores naquele quarto cheio de colagens, posters e agendas coloridas de Pilot. Não, não as levamos suficientes vezes ao shopping, ao circo, ao teatro, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.
         Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo nosso afeto.
         No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, disputa pela janela, pedidos de sorvetes e sanduíches, cantorias infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora dos pais nas montanhas terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.
         O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos, e que não pode morrer conosco. Por isto os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
        Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.
Affonso Romano de Sant’Anna. O homem que conheceu o amor. Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

DIALOGANDO COM O TEXTO
A crônica que você leu apresenta uma profunda visão do autor sobre o crescimento dos (as) filhos (as) e os sentimentos dos pais.
1.Que frase no primeiro parágrafo sintetiza a visão do autor sobre esse aspecto? Assinale a alternativa correta.
a) (     )“Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.”
b) (  
x )“[...] elas crescem sem pedir licença”.
c) (     )“[...] crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância”.
2. O que o cronista demonstra sentir ao empregar a frase que você indicou no item a: contentamento ou melancolia? Justifique sua resposta.
R- Melancolia, porque  tudo acontece muito rápido e os pais não se preparam para esta separação.


           3.O cronista inicia o texto com a frase: “Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos”.
Uma palavra nessa frase foi utilizada fora do uso comum pelo cronista. Qual é a palavra e o que ela significa na crônica?
R- Pais ficando órfaos dos filhos. Significa que os filhos crecem e vão seguir sua vida.

4.Que construção na frase informa que esse fato acontece aos poucos, à medida que o tempo passa?
R- Quando diz: "vão ficando".
                  
5.Algumas frases do texto fazem referência a diferentes período de crescimento do ser humano. A que fase de crescimento se refere cada um dos trechos a seguir?
a) “Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços[...]?”
Infância
“Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas”.
Adulta
6.De acordo com o cronista, caso o amor pelos filhos não se esgote, “O jeito é espera.”. Em que momento da vida os pais poderão esgotar esse amor?
R- Quando tiverem os netos, poderão gastar este amor estocado, não exercido nos próprios filhos, e que não pode morrer com eles. 

TEXTO: VIOLÊNCIA NA BALADA

 VIOLÊNCIA NA BALADA

Adolescentes espancado por grupo de jovens, ao sair de casa noturna no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, teve diversos ossos da face quebrados e perdeu quatro dentes

          Sábado, dia de balada para a maioria dos jovens de São Paulo. O bairro da Vila Olímpia e suas dezenas de casas noturnas costuma ser o destino para o diversão de muitos deles.
          Como é o caso do estudante Diego,17, que, depois de passar o feriado de Corpus Christi com a família, no litoral paulista, saiu de casa, por volta das 23h30 do dia 12 de junho para curtir a noite não terminou tão bem como começou.
         Os dois tentaram entrar na recém-inaugurada casa noturna Avelino’s, mas desistiram por causa da fila. Resolveram ir ao Ibiza, às 2h30, na rua da Casa do Ator. Ao sair do clube, por volta das 6h30 da manhã do dia 13, foram abordados por cinco jovens. Rafael levou um soco, mas ficou desacordado no chão. Sem poder se defender, recebeu diversos chutes, a maioria no rosto. Dois dos agressores estão presos. Não se sabe se eles estavam na casa.
       Os motivos dessa violência gratuita e irracional não estão claros. Segundo o pai de Diego, Luiz Carlos Pereira Pone, a última coisa que o filho se lembra foi de ter ouvido a frase:”Você é folgado!” Ele está desfigurado, não é o Diego que a gente conhece da fotografia. Ele apanhou muito, quase tudo no rosto. Teve vários ossos da face quebrados e terá de passar por cirurgias corretivas. Ele quebrou os ossos em volta dos dois olhos, o nariz, o osso acima do nariz e perdeu quatro dentes, um deles arrancado com raiz e tudo”, conta o pai, enquanto acompanha o filho, internado desde domingo em um hospital.
       A violência do bairro não é nenhuma novidade no 96º Distrito policial, no Brooklin, que atende às ocorrências  na  Vila Olímpia, segundo o delegado titular desse DP. Dejair Rodrigues. “Só neste ano, houve pelo menos 30 ocorrências de brigas em casas noturnas da região, sendo que, além dessa, mais uma três graves. Se um jovem dá um esbarrão em outro numa casa noturna e um deles olha feio, já é motivo de briga”, conta Rodrigues[...]
      O incidente mudará as vidas das famílias e dos adolescentes agredidos. “Apesar de tudo, não tenho muito receio da balada em si. Em lugar que tem muita gente, não há paz. Mas meus pais já cortaram a minha balada por um bom tempo”, conta Rafael.
       Para o pai de Diego, os adolescentes têm de ouvir conselhos. “Acho que o jovem tem direito de aproveitar. Mas seria bom que eles escutassem os pais. Quando o pai quiser buscar o filho, deixar. [...] se eu tivesse ido talvez não tivesse acontecido nada disso”.
Leando Fortino (Folha de S.Paulo, 21/6/2004)
O ESTUDO DO TEXTO 
1. O texto inicia-se com uma afirmação: “Sábado, dia de balada para a maioria dos jovens de São Paulo”.
a) Que nova ideia é introduzida depois dessa afirmação?
Que o bairro da Vila Olímpia tem dezenas de casas noturnas, que os jovens frequentam.
b) Que expressão retoma “a maioria dos jovens”?
"...muitos deles."
2. O 2º parágrafo do texto inicia-se com a expressão “Como é o caso do estudante”. Qual é o papel dessa expressão nesse parágrafo? Indique a(s) resposta(s) correta(s).
a) (   ) Dar continuidade ao texto, retomando as palavras e ideias apresentadas anteriormente, como “jovem” e “balada”.
b) (   ) Introduzir um exemplo, dando progressão ao texto.
c) ( x  ) Mudar de assunto, introduzindo um exemplo.
3. No 3º parágrafo do texto:
a) Que expressão retoma as palavras Diego e Rafael?
"Os dois tentaram entrar na recém-inaugurada..."
b) Considerando-se os parágrafos anteriores, que informações novas há nesse parágrafo?
 Que ao sairem do clube, foram abordados por cinco jovens.
4. O 4º parágrafo faz uma descrição detalhada da agressão e se inicia com a frase “os motivos dessa violência gratuita e irracional não estão claros”.
a) Nessa frase, que expressão retoma as ideias mencionadas no parágrafo anterior?
"Os motivos..."
b) Observe o subtítulo do texto. Levante hipóteses: Por que o subtítulo menciona alguns dos fatos contido nesse parágrafo?
Para despertar interesse no leitor para ler a notícia completa. 

Como preparar um seminário

       
                                              Como preparar um seminário 
  • 1º passo: definir o tema;

  • 2º passo: selecionar a bibliografia; 

  • 3º passo: definir as tarefas do grupo;

  • 4º passo: organizar o conteúdo;

  • 5º Passo: Apresentação;
Seminário: Conceito e finalidades
Antes de mais nada, faz-se necessário apontar o conceito de seminário:    •“Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate(...)”(LAKATOS, 1992, p.29). Portanto, a pesquisa, especialmente a bibliográfica, é o primeiro passo, requisito indispensável na elaboração do Seminário.
       •A pesquisa leva à discussão do material pesquisado, mas, para que os objetivos sejam alcançados, não se pode dispensar o debate.

SUAS FINALIDADES GERAIS SÃO:
•Aprofundar o estudo a respeito de determinado assunto;
•Desenvolver a capacidade de pesquisa, através do raciocínio, da reflexão, de forma clara e objetiva;
•Ensinar pesquisando;
•Levar a assumir atitude de honestidade e responsabilidade  nos trabalhos efetuados;
Dominar a metodologia científica geral;

CRITÉRIOS PARA A APRESENTAÇÃO 
A apresentação  deverá ser cronometrada, para que o seminário seja bem apresentado e não ultrapasse o tempo disponível.
Todos os membros do grupo devem participar da exposição oral.
Cada componente continuará a exposição do ponto em que seu antecedente terminou,para que a apresentação do trabalho não seja fragmentada.
Aspectos do conteúdo:
Domínio do assunto (por todos  do grupo);
Clareza nos conceitos expostos;
Encadeamento das partes (sequência discursiva);
Adequação da extensão do relato ao tempo disponível;
Após a apresentação, todos os membros devem participar do debate,  respondendo a questões levantadas sobre o assunto.

POSTURA
Autocontrole;
Boa dicção (entonação, timbre, altura);
Vocabulário simples e adequado;
Postura correta;
Clareza e domínio sobre o assunto;
Empatia com a classe;
AVALIAÇÃO
      Todos os alunos receberão  um roteiro do seminário, através do qual acompanharão a exposição oral, para ao final participarem do   debate, fazendo perguntas,  apresentando sugestões, promovendo a reflexão sobre assunto exposto.

Ficha de avaliação do seminário:
Plano do conteúdo
v  O grupo demonstrou domínio do assunto e conseguiram transmitir bem o conteúdo?
v  O assunto foi apresentado de forma lógica, ordenada, dividido em tópicos?
v  Houve domínio do assunto por todos do grupo?
v  Houve atenção e participação da classe?

Aspectos exteriores

v Os expositores demonstraram autocontrole?
v A apresentação foi feita com boa dicção,entonação e altura de voz adequada?
v O vocabulário empregado foi simples e correto?
v Os expositores adotaram postura adequada?
v As ilustrações (cartazes, slides, etc.) foram apresentadas corretamente?


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Tocando em frente

Leia a letra da música para responder as questões de  01 a 05.
Tocando em frente


Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser  Capaz
E ser feliz



1. Assinale duas  alternativa que esteja de acordo com o texto:
 a. (   ) Para o poeta, a vida deve ser levada, tocada como uma boiada, pois não conseguimos entender a imprevisibilidade de ambas.
b. (   ) Só é possível ser feliz nesta jornada, depois de um toque de Deus, o velho boiadeiro, que nos impulsiona pela longa estrada da vida.
c. (   ) Só através do choro individual e de outros é que descobrimos o valor de um sorriso.
d. (   ) Manhãs, maçãs e chuva fazem parte da nossa história, já que não somos donos do nosso destino.
 e.(   ) Segundo o poeta, para inteirar a vida, é necessário entender o andamento da jornada e continuar vivendo.

 2. Marque as afirmativas com V para verdadeiro e F para falso, de acordo com o texto:
a. (   ) Viver é uma aprendizagem, fruto da observação atenta das alegrias e dos sofrimentos pelos quais passamos.
b. (   ) Ser feliz é o destino de todos os seres humanos, independendo das chegadas e das partidas.
c. (   ) A consciência do significado da vida e o dom da capacidade de construirmos a nossa história nos deixa mais fortes, mais felizes.
d. (   ) O poeta tem hoje um sorriso de serenidade porque nunca levou a vida com ligeireza.
e.(   ) Para podermos “saborear” a vida, precisamos vivenciar a paz e o amor, entre outros fatores que nos mostram que é possível compormos a nossa história com serenidade.

3.Assinale a única alternativa correta: 
Há várias comparações no texto que nos leva a concluir que o poeta fala:
a. (   ) da boiada                                                b. (   ) do boiadeiro
c. (   ) do sabor das frutas                                d. (   ) do dom da felicidade de cada um de nós
e.(   ) dos  dias

 4. Nos versos  Nos versos: “Quem sabe eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei ou nada sei”. O poeta demonstra que hoje é um homem:
a. (   ) orgulhoso                                                      b. (   ) sem cultura
c. (   ) experiente                                                     d. (   ) humilde
e.(   ) sem rumo definido

5. Como era a vida do poeta no passado? Assinale a única alternativa correta
a.(    ) agitada e sofrida                        b.(   ) pacata e feliz
c.(    ) radiante  e humilhada                d.(   ) sossegada e engraçada
e.(   ) triste e animada



Gabarito  
1  A/c
2  V, F, V, F,V
3 D
4 D
5 A