Para responder às questões de números 1 a 5, leia o texto abaixo.
Muito
competente em coisas sem importância
Um presidente de empresa,
falando sobre um funcionário, disse: “Ele é muito competente em coisas sem
importância. É pena que nas coisas realmente importantes ele não seja
competente.” Conheci uma diretora de marketing que tinha um enorme orgulho de
“entender tudo de computação”.
E de marketing? E de pesquisa? E de
mercado? Essas coisas, absolutamente essenciais para sua função, não faziam
seus olhos brilharem.
Esse é um problema
recorrente nas organizações. Desde vendedores que criticam tudo na Empresa, mas
não visitam clientes, não estudam produtos, não se aperfeiçoam em vendas até
motoristas muito competentes em criticar o chefe- mas que nada fazem para manter seus veículos
em perfeitas condições de uso. Isso para não falar de engenheiros, advogados e
médicos, cheios de desejo de status, que se preocupam com seus gabinetes,
trajes e formas de tratamento e não se apressam em dar seus doutos pareceres,
atrasando processos, contratos e laudos. Ou mesmo de secretárias que organizam
festas o ano todo e não procuram se aperfeiçoar em redação ou estudar um idioma
estrangeiro.
Ter pessoas competentes
no que realmente interessa é um grande desafio para as empresas. Há pessoas
campeãs de relacionamento e amizade que se esquecem de que a empresa precisa de
profissionais competentes em coisas realmente importantes, que executem, sejam
éticas, participem e dêem resultado.
Pessoas competentes têm
foco e disciplina para manter-se no foco. Elas não gastam tempo e energia em
coisas acidentais e periféricas a seu objetivo principal e, por isso, conseguem
o sucesso que outras desfocadas e dispersas jamais conseguirão.
Pense nisso. Sucesso!
(MARINS, Luiz. TAM
Magazine, no 41, jul.2007, p.34)
(A) conseguir secretárias bonitas e charmosas.
(B) ter funcionários focados num objetivo principal.
(C) organizar festas e eventos de grande porte.
(D) empregar tempo e energia em assuntos banais.
2. O autor defende a
tese de que as empresas
(A) estão com um número elevado de funcionários.
(B) possuem motoristas e veículos possantes.
(C) sofrem com a escassez de pessoas competentes.
(D) procuram vendedores bons e honestos.
3. Identifique, nos
trechos abaixo, o momento que evidencia a fala direta do locutor (autor) com o
leitor.
(A) “Há pessoas campeãs de relacionamento...” (B) “Pessoas
competentes têm foco...”
(C) “Elas não gastam tempo...” (D)
“Pense nisso. Sucesso!”
4. Há falta de
profissionais competentes nas empresas porque
(A) há muitos funcionários dispersos e desfocados.
(B) as pessoas entendem tudo de computação.
(C) os motoristas cuidam bem dos veículos.
(D) as secretárias estudam idiomas estrangeiros.
5. Há pessoas com
opiniões diferentes em relação à tese defendida pelo autor. Para elas, basta
que a empresa tenha
funcionários
(A) éticos e incompetentes. (B)
participantes e indisciplinados.
(C) com bom relacionamento e amizade. (D)
disciplinados e dispersos
O texto a seguir serve como base para a resposta das questões de números 6,7,8.
Retrato
falado do Brasil
Sérgio Abranches
Comecei a aula com uma
pergunta: "O que diferencia a questão social no Brasil e nos EUA?".
Silêncio geral. Imaginei que os alunos não tivessem lido o capítulo. Afirmaram
que sim. Foi só então que eu, imaturo, sem o olhar treinado para capturar
atitudes e comportamentos em pequenos gestos, percebi o constrangimento da
turma. O sinal, característico, que retive como lição das formas sutis do
preconceito era o olhar coletivo de soslaio para o único negro na sala.
Dirigi-me a ele e denunciei: "Seus colegas estão constrangidos em falar de
racismo na sua frente".
Esta cena se repete toda
vez que falo em público sobre a desigualdade racial no Brasil e há aquela
pessoa negra, solitária, na platéia. Recentemente, numa palestra para gerentes
de um banco, havia uma jovem gerente negra. Uma das raras mulheres e a única
pessoa negra. Enfrentou duas correntes discriminatórias para estar ali: ser negra
e ser mulher. Os colegas se sentiam desconfortáveis porque eu falava do
"problema dela". "Ela" não tinha problema, claro. Era uma
pessoa natural, do gênero feminino e negra. Nascemos assim. O problema é os
outros não quererem ver a discriminação. Essa inversão típica é que caracteriza
a questão racial no Brasil. É como se os negros tivessem um problema de cor, e
não a sociedade o problema do preconceito.
(ABRANCHES, Sérgio. Retrato falado do Brasil. Veja,
São Paulo, ano 36, n. 46, p. 27, nov. 2003.
Adaptação.)
06. O texto diz respeito à
(A) desigualdade racial nos Estados Unidos.
(B) desigualdade racial no Brasil.
(C) diferença de oportunidades entre homens e mulheres.
(D) diferença de oportunidades entre ricos e pobres.
(A) esse problema pertence ao negro.
(B) essa questão é idêntica nos EUA e no Brasil.
(C) muitos gerentes de banco são homens negros.
(D) a mulher negra tem oportunidades na carreira.
08. As ideias desenvolvidas no texto revelam um
autor
(A) solidário com os alunos brancos.
(B) compreensivo com os racistas.
(C) solidário com os negros.
(D) compreensivo com as mulheres.
O texto a seguir serve como base para a resposta da questão de números
09.
Ingredientes
Recheio
2
colheres (sopa) de azeite
1
colher (sopa) de manteiga
80g
de cebola cortada em meia-lua
Pimenta
a gosto
300g
de carne-seca desfiada
Salsinha
fresca a gosto
Purê
2
batatas médias
2
colheres (sopa) de manteiga
100ml
de creme de leite fresco
Sal
a gosto
Queijo
parmesão para polvilhar
Modo de preparo
Recheio
Deixe
a carne-seca de molho de um dia para o outro em água fria para tirar o excesso
de sal. Depois desse período, cozinhe a carne até que fique macia. Isso pode
levar de 4 a
5 horas. Em seguida, desfie tirando a gordura extra e reserve.
Em
uma frigideira, esquente o azeite, junte a manteiga e espere até que derreta.
Frite a cebola, ponha a pimenta e adicione a carne-seca desfiada. Desligue o
fogo, acrescente a salsinha picada e reserve.
Purê
Cozinhe
as batatas sem casca em água fervente. Passe-as por um espremedor e leve ao
fogo em uma panela grossa. Junte a manteiga, em seguida acrescente o creme de
leite fresco e mexa até que a mistura desprenda do fundo da panela.
Montagem
Coloque
um pouco do recheio em um ramequim, cubra com o purê e polvilhe o queijo
parmesão. Leve ao forno em temperatura bem alta para gratinar durante dois
minutos. Sirva quente.
09. Após a
compra dos ingredientes, o primeiro
passo para fazer esta receita é:
(A) Do
recheio da carne
(B)
Do creme de leite
(C)
Do purê
(D) Do
refogado com a cebola
Leia o texto para responder à questão 10.
Troca de peças: como proceder
Quando um
mecânico precisa trocar uma peça do seu carro, deve utilizar peça nova
original, ou uma peça que mantenha as especificações do fabricante. O seu
mecânico pode usar peça recondicionada ou usada no conserto do seu carro, mas
desde que você o autorize. Desobedecendo a essas regras, o mecânico, alem de
pagar os seus prejuízos, comete crime contra as relações de consumo, cuja pena
varia de três meses a um ano de prisão. Nesses casos, a reparação econômica
cabe à oficina e a pena pelo crime é aplicada ao dono ou gerente da oficina e
ao mecânico que executou o serviço da irregularidade. O que estamos afirmando
sobre a trocada peça do seu carro vale para as demais situações de troca ou
utilização de peças nos conserto sem geral.
(RIOS, Josué.. Guia dos seus
direitos. São Paulo: Globo, 1998.)
10. O
pronome você no texto indica o
a) mecânico de automóveis em
questão, a quem o texto se destina.
b) proprietário da oficina de
automóveis, principal interessado no assunto.
c) fabricante de peças
automobilísticas, alvo de seguidas críticas dos consumidores.
d) proprietário de automóveis, a
quem o autor do texto se dirige prioritariamente.
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