domingo, 9 de novembro de 2014

Leitura e interpretação 9ºano

Para responder às questões de números 1 a 5, leia o texto abaixo.
Muito competente em coisas sem importância
Um presidente de empresa, falando sobre um funcionário, disse: “Ele é muito competente em coisas sem importância. É pena que nas coisas realmente importantes ele não seja competente.” Conheci uma diretora de marketing que tinha um enorme orgulho de “entender tudo de computação”.
E de marketing? E de pesquisa? E de mercado? Essas coisas, absolutamente essenciais para sua função, não faziam seus olhos brilharem.
Esse é um problema recorrente nas organizações. Desde vendedores que criticam tudo na Empresa, mas não visitam clientes, não estudam produtos, não se aperfeiçoam em vendas até motoristas muito competentes em criticar o chefe-  mas que nada fazem para manter seus veículos em perfeitas condições de uso. Isso para não falar de engenheiros, advogados e médicos, cheios de desejo de status, que se preocupam com seus gabinetes, trajes e formas de tratamento e não se apressam em dar seus doutos pareceres, atrasando processos, contratos e laudos. Ou mesmo de secretárias que organizam festas o ano todo e não procuram se aperfeiçoar em redação ou estudar um idioma estrangeiro.
Ter pessoas competentes no que realmente interessa é um grande desafio para as empresas. Há pessoas campeãs de relacionamento e amizade que se esquecem de que a empresa precisa de profissionais competentes em coisas realmente importantes, que executem, sejam éticas, participem e dêem resultado.
Pessoas competentes têm foco e disciplina para manter-se no foco. Elas não gastam tempo e energia em coisas acidentais e periféricas a seu objetivo principal e, por isso, conseguem o sucesso que outras desfocadas e dispersas jamais conseguirão.
Pense nisso. Sucesso!
(MARINS, Luiz. TAM Magazine, no 41, jul.2007, p.34)
1. A finalidade do texto é mostrar o desafio das empresas para
(A) conseguir secretárias bonitas e charmosas.
(B) ter funcionários focados num objetivo principal.
(C) organizar festas e eventos de grande porte.
(D) empregar tempo e energia em assuntos banais.

2. O autor defende a tese de que as empresas
(A) estão com um número elevado de funcionários.
(B) possuem motoristas e veículos possantes.
(C) sofrem com a escassez de pessoas competentes.
(D) procuram vendedores bons e honestos.

3. Identifique, nos trechos abaixo, o momento que evidencia a fala direta do locutor (autor) com o
leitor.
(A) “Há pessoas campeãs de relacionamento...”              (B) “Pessoas competentes têm foco...”
(C) “Elas não gastam tempo...”                                        (D) “Pense nisso. Sucesso!”

4. Há falta de profissionais competentes nas empresas porque
(A) há muitos funcionários dispersos e desfocados.
(B) as pessoas entendem tudo de computação.
(C) os motoristas cuidam bem dos veículos.
(D) as secretárias estudam idiomas estrangeiros.

5. Há pessoas com opiniões diferentes em relação à tese defendida pelo autor. Para elas, basta
que a empresa tenha funcionários
(A) éticos e incompetentes.                                                           (B) participantes e indisciplinados.
(C) com bom relacionamento e amizade.                                      (D) disciplinados e dispersos

O texto a seguir serve como base para a resposta das questões de números 6,7,8.

Retrato falado do Brasil
Sérgio Abranches
Comecei a aula com uma pergunta: "O que diferencia a questão social no Brasil e nos EUA?". Silêncio geral. Imaginei que os alunos não tivessem lido o capítulo. Afirmaram que sim. Foi só então que eu, imaturo, sem o olhar treinado para capturar atitudes e comportamentos em pequenos gestos, percebi o constrangimento da turma. O sinal, característico, que retive como lição das formas sutis do preconceito era o olhar coletivo de soslaio para o único negro na sala. Dirigi-me a ele e denunciei: "Seus colegas estão constrangidos em falar de racismo na sua frente".
Esta cena se repete toda vez que falo em público sobre a desigualdade racial no Brasil e há aquela pessoa negra, solitária, na platéia. Recentemente, numa palestra para gerentes de um banco, havia uma jovem gerente negra. Uma das raras mulheres e a única pessoa negra. Enfrentou duas correntes discriminatórias para estar ali: ser negra e ser mulher. Os colegas se sentiam desconfortáveis porque eu falava do "problema dela". "Ela" não tinha problema, claro. Era uma pessoa natural, do gênero feminino e negra. Nascemos assim. O problema é os outros não quererem ver a discriminação. Essa inversão típica é que caracteriza a questão racial no Brasil. É como se os negros tivessem um problema de cor, e não a sociedade o problema do preconceito.
(ABRANCHES, Sérgio. Retrato falado do Brasil. Veja, São Paulo, ano 36, n. 46, p. 27, nov. 2003.
Adaptação.)

06. O texto diz respeito à
(A) desigualdade racial nos Estados Unidos.
(B) desigualdade racial no Brasil.
(C) diferença de oportunidades entre homens e mulheres.
(D) diferença de oportunidades entre ricos e pobres.

07. A sociedade não quer enxergar a discriminação racial por achar que
(A) esse problema pertence ao negro.
(B) essa questão é idêntica nos EUA e no Brasil.
(C) muitos gerentes de banco são homens negros.
(D) a mulher negra tem oportunidades na carreira.

08. As ideias desenvolvidas no texto revelam um autor
(A) solidário com os alunos brancos.
(B) compreensivo com os racistas.
(C) solidário com os negros.
(D) compreensivo com as mulheres.


O texto a seguir serve como base para a resposta da questão de números 09.
Ingredientes
Recheio
2 colheres (sopa) de azeite
1 colher (sopa) de manteiga
80g de cebola cortada em meia-lua
Pimenta a gosto
300g de carne-seca desfiada
Salsinha fresca a gosto
Purê
2 batatas médias
2 colheres (sopa) de manteiga
100ml de creme de leite fresco
Sal a gosto
Queijo parmesão para polvilhar
Modo de preparo
 Recheio
Deixe a carne-seca de molho de um dia para o outro em água fria para tirar o excesso de sal. Depois desse período, cozinhe a carne até que fique macia. Isso pode levar de 4 a 5 horas. Em seguida, desfie tirando a gordura extra e reserve.
Em uma frigideira, esquente o azeite, junte a manteiga e espere até que derreta. Frite a cebola, ponha a pimenta e adicione a carne-seca desfiada. Desligue o fogo, acrescente a salsinha picada e reserve.
Purê
Cozinhe as batatas sem casca em água fervente. Passe-as por um espremedor e leve ao fogo em uma panela grossa. Junte a manteiga, em seguida acrescente o creme de leite fresco e mexa até que a mistura desprenda do fundo da panela.
 Montagem
Coloque um pouco do recheio em um ramequim, cubra com o purê e polvilhe o queijo parmesão. Leve ao forno em temperatura bem alta para gratinar durante dois minutos. Sirva quente.

09. Após a compra dos ingredientes, o primeiro  passo para fazer esta receita é:
(A)  Do recheio da carne
(B)   Do creme de leite
(C)   Do purê
(D)  Do refogado com a cebola

Leia o texto para responder à questão 10.
Troca de peças: como proceder
Quando um mecânico precisa trocar uma peça do seu carro, deve utilizar peça nova original, ou uma peça que mantenha as especificações do fabricante. O seu mecânico pode usar peça recondicionada ou usada no conserto do seu carro, mas desde que você o autorize. Desobedecendo a essas regras, o mecânico, alem de pagar os seus prejuízos, comete crime contra as relações de consumo, cuja pena varia de três meses a um ano de prisão. Nesses casos, a reparação econômica cabe à oficina e a pena pelo crime é aplicada ao dono ou gerente da oficina e ao mecânico que executou o serviço da irregularidade. O que estamos afirmando sobre a trocada peça do seu carro vale para as demais situações de troca ou utilização de peças nos conserto sem geral.
(RIOS, Josué.. Guia dos seus direitos. São Paulo: Globo, 1998.)
10. O pronome você no texto indica o
a) mecânico de automóveis em questão, a quem o texto se destina.
b) proprietário da oficina de automóveis, principal interessado no assunto.
c) fabricante de peças automobilísticas, alvo de seguidas críticas dos consumidores.
d) proprietário de automóveis, a quem o autor do texto se dirige prioritariamente.

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