Leia
o texto abaixo para responder a questões de 01 à 10.
Esse trânsito que
maltrata
Fumaça,
fuligem, ruído de motores, tédio, cansaço, carros e ônibus que andam
lentamente: assim é o trânsito nas cidades grandes. Principalmente nas
primeiras horas da manhã, quando as pessoas se dirigem ao seu local de trabalho
e, no fim da tarde, quando dele estão voltando.
Além do tempo perdido, do gasto
excessivo de combustível e do aumento da poluição, esse trânsito maltrata as
pessoas: a ansiedade de chegar logo acusa acidez no estômago; ficar sentado
muito tempo causa dores nas articulações; inalar poluentes dá sonolência, dor
de cabeça e problemas respiratórios.
Todos são prejudicados: os que estão
confortáveis em seus automóveis e, mais ainda, os que estão espremidos nos
ônibus. E o principal responsável por esse sofrimento são os automóveis que
ocupam as ruas e avenidas das cidades.
Para acomodar o crescente número de
automóveis, casas são demolidas, ruas são alargadas, avenidas e viadutos são
construídos, e os estacionamentos invadem praças e parques, com a derrubada de
árvores centenárias e monumentos históricos. Vale tudo para dar passagem a esse
deus dos tempos modernos.
Apesar de causarem tantos
transtornos, os automóveis carregam menor número de pessoas que os transportes
coletivos. Cada automóvel costuma circular com uma ou duas pessoas, enquanto um
ônibus transporta, nas horas de movimento, até oitenta passageiros em cada
viagem.
Os ônibus são os melhores
transportes para as cidades, e dele depende a maioria da população. Apesar
disso, as linhas são insuficientes, são mal conservadas e os motoristas, mal
pagos. O pior é que o preço das passagens consome boa parte do salário dos
trabalhadores.
(Rocicler
Martins Rodrigues. Cidades brasileiras : o passado e o presente. São Paulo :
Martins Fontes, 1992, p. 64.) (Fragmento adaptado).
01. O objetivo global do autor com o texto foi:
(A)
apontar as principais consequências da poluição urbana.
(B)
comentar os efeitos do trânsito nas grandes cidades.
(C)
ressaltar os prejuízos de quem apenas dispõe do transporte coletivo.
(D)
indicar os males físicos decorrentes do excessivo trânsito de carros.
02. O
segundo parágrafo começa com a expressão ''Além do tempo perdido''. Com essa
expressão o autor pretendeu:
(A)
fazer uma ressalva.
(C) indicar um acréscimo.
(B) contrastar opiniões. (D) introduzir uma
concessão
03. A expressão 'inalar poluentes' mantém o
seu significado em:
(A)
aspirar poluentes. (B) ingerir
poluentes. (C) expirar poluentes. (D) lançar poluentes.
04. Em relação às grandes cidades, o texto é
visivelmente a favor:
(A) do
crescente número de automóveis. (B)
do alargamento de ruas e avenidas.
(C) de
novos viadutos e estacionamentos.
(D) dos meios de transporte coletivos.
05.
Pela compreensão do texto, pode-se concluir que, para o autor, ''o deus dos
tempos modernos'' é o:
(A)
combustível. (C) automóvel. (B) ônibus. (D)
motorista.
06. No
trecho ''Para acomodar o crescente número de automóveis'', o termo destacado
expressa uma ideia de:
(A)
finalidade. (B) concessão. (C) condição. (D) adição.
07. O
trecho: ''O pior é que o preço das passagens consome boa parte do salário dos
trabalhadores.'' implica dizer que:
(A) o
preço das passagens é pior que os salários dos trabalhadores.
(B)
quase todo o salário dos trabalhadores é gasto com transporte.
(C) os
assalariados ganham o que consomem fora de casa.
(D) o
pior dos trabalhadores paga com seus baixos salários o transporte que usa.
08. Há
uma relação de causa e consequência expressa na alternativa:
(A) O
trânsito nas grandes cidades é pior nas primeiras horas da manhã.
(B) Há
muitos transtornos físicos provocados pelo trânsito das grandes cidades.
(C)
Cada automóvel costuma circular com uma ou duas pessoas.
(D) As
linhas de ônibus são insuficientes e mal conservadas.
09. O
autor no final do texto, termina, expressando-se de forma
(A) séria. (B) crítica. (C)
reflexiva. (D) engraçada.
Gabarito:
01.B
02.C
03.A
04.D
05.C
06.A
07.B
08.B
09.B
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